Feliz é aquele que sente a natureza
Que a sente de verdade!
Com toda sua simplicidade e beleza
Com sua exuberância e frieza
O que é natural não "tem que" nada
Simplesmente É!
E só isso...
E de tão natural que é,
muitas vezes não é percebido
É tido como normal, banal...
Mas é nesta normalidade banal
que reside uma das mais belas bençãos divinas:
a sutileza de apenas SER PLENO!!
Ser em silêncio, sem alarde
Ser sozinho, para si mesmo
E só quando apenas se É
É que se pode viver o verdadeiro amor
O amor natural
Que é amor, só por ser, somente
sem explicação, sem lógica
O amor que brota, que vem de dentro
O amor que flui e leva numa dança celestial
Muito diferente do amor buscado,
amor com regra, amor com objetivo
Um vem de fora pra dentro e por isso mesmo,
fica na superfície.
Quando muito, vai pra dentro na forma da lança da paixão
que crava no peito, e em geral faz sangrar.
O outro vem de dentro pra fora,
começa do âmago do ser, começa com amor próprio
com escolhas na vida, com a busca da sabedoria
E floresce como amor doado indiscriminadamente,
vem da fonte, assim como a água numa nascente
e por isso é puro, limpa e traz a paz!
Amo a natureza!
Amo-a por nada específico, mas amo!
E o melhor é que ela não me ama de volta
Ela é o próprio AMOR.
Amor sutil que se dá, por ser natural.
Amor que sai sem esperar, pois é para isso que foi criado!
(Escrito em 08/11/2013 em Itacaré)