quarta-feira, 4 de julho de 2012

Felicidade Merecida (A Revolta de Atlas - Ayn Rand)

Esse post é basicamente uma transcrição de trechos selecionados do discurso de John Galt no volume III do incrível livro "A Revolta de Atlas" de Ayn Rand. Esse capítulo explicita a filosofia que embasa todo o pensamento da autora de uma forma mais crua e direta. Ao longo de todo livro já havia percebido a similaridade da filosofia apresentada nele com a essência do Vedanta, que fui tão longe para estudar a fundo. Listo aqui de forma breve e não extensiva os principais pontos de similaridade entre estas filosofias:
1- O que diferencia o ser humano de todos os outros seres vivos do planeta é o intelecto (sua capacidade de raciocínio e de discernimento). A base de ambas filosofias é essa, você e seu intelecto é que sempre devem decidir sobre o que faz sentido ou não. E que esta sua escolha de pensar por si próprio e entender por si a vida e vivê-la é que permite sermos felizes de fato.
2- Tudo que acontece, a capacidade individual de cada um e o que cada um busca é justo e merecido. No Vedanta isso é exposto pela Lei do Karma, aqui ela fala mais do mundo econômico/produtivo e  por isso simplifica como lucro e merecimento (comércio justo).
3- Que seguir religiões, políticas ou qualquer conceito que seja ilógico (ou que não entendamos) e que nos tentem impor é abdicar de SER humano em sua essência e consequentemente é estar fadado a infelicidade real, com momentos de euforia e de tristeza intercalados. E que pior do que a pessoa que tenta impor é a pessoa que aceita essa imposição e se submete aos que os outros pensam e ditam. E nesse ponto o livro me ajudou a dar um nome muito bom a isso: a sanção da vítima!
4- E o mais importante, uma vez que a felicidade está diretamente atrelada a nossa decisão de usar nosso intelecto, para escolher o que queremos ou não, consequentemente não dependemos de ninguém mais para decidir. Ambas filosofias nos dão total autonomia para sermos ou não felizes de fato. Ou seja, ser feliz, ao final é uma questão de escolha, uma atitude, uma decisão individual!

Por isso, leia, reflita e decida: de qual lado você quer estar? Está prontos para se responsabilizar pela sua própria felicidade? Está pronto para não ter mais a quem culpar pelos problemas que venham a ocorrer na sua vida?


"A felicidade não se atinge por meio de caprichos emocionais. Ela não é a satisfação de todo e qualquer desejo irracional que vocês tentem satisfazer às cegas. Felicidade é um estado de alegria não contraditória - uma alegria sem castigo nem culpa, que não entra em conflito com nenhum de seus valores e não contribui para sua própria destruição -, não o prazer proporcionado pela fuga da sua consciência, e sim pela utilização plena dessa consciência; não o prazer de falsear a realidade, e sim o de atingir valores reais; não o prazer de um bêbado, e sim o de um produtor consciente."

"Vocês querem se esquivar da dor. Nós queremos atingir a felicidade. Vocês existem para evitar o castigo. Nós existimos para fazer jus a recompensas."

"Desde pequenos, vocês fogem do terror de uma escolha que jamais ousaram identificar explicitamente: de um lado, o que é prático - tudo aquilo que vocês precisam fazer para existir, tudo o que dá certo, que realiza seus objetivos, que lhes proporciona alimeto ou prazer, que lhes traz lucro, é mau -; do outro, o que é bom e moralmente correto, mas não é prático - tudo que dá errado, destrói, frustra, tudo que faz mal a você e lhes proporciona prejuízo ou dor. Na verdade a escolha é esta: ser moralmente direito ou viver."

"Ou então, se optassem por pensar, perguntem a si próprios quanto suas mentes seriam capazes de descobrir. Perguntem quantas conclusões chegaram por seus próprios meios durante toda a vida e quanto tempo passaram repetindo lições aprendidas com outros." (...) "O eu que vocês traíram é a sua mente; amor-próprio é confiar na capacidade própria de pensar. O eu que buscam, aquele eu essencial que não podem exprimir nem definir, não consiste nas suas emoções nem nos seus sonhos desconexos(...) Vocês ainda guardam uma vaga ideia - não nítida como uma lembrança, e sim difusa, como a dor de uma saudade sem esperanças - de que em algum momento da sua primeira infância, antes de aprenderem a se submeter, a abosrver o terror do irracional e quetionar o valor de sua mente, conheceram um estado radiante de existência, a independência de uma consciência racional encarando um universo aberto. Esse é o paraíso que vocês perderam e que buscam - que pode ser seu quando quiserem."

"A felicidade era a responsabilidade que vocês temiam, e ela exigia aquela espécie de disciplina racional que não se valorizavam o bastante para assumir - e a esterilidade ansiosa da sua vida é o monumento à sua insistência em se evadir da consciência de que não há substituto moral para a felicidade, não há covarde mais desprezível do que o homem que abandonou a batalha pela sua própria felicidade, temendo afirmar seu direito à existência, faltando-lhe a coragem e a lealdade à vida que têm uma ave ou uma planta que procura o sol."


Por fim, um ponto bem prático que o livro aborda e que é muito bom estar ciente é que a nossa sociedade prega a muito tempo que pensar - ter opinião própria, acreditar na sua capacidade mesmo que a maioria pense diferente e que é possível fazer o que nunca foi feito por ninguém - é algo ruim, egoísta, etc. De alguma forma tentam nos fazer nos sentir culpados por sermos mais capazes em algumas coisas que outros e que por isso somos OBRIGADOS a ajudar o próximo que é menos capaz. E este último trecho deixa muito clara uma "pequena diferença, que faz toda diferença" quando nos referimos a ajudar ao próximo:

"Um passo básico na aprendizagem do amor-próprio é encarar como sinal de canibalismo toda exigência de ajuda. O homem que exige ajuda de vocês está afirmando que a sua vida é propriedade dele - e, por mais repugnante que isso seja, há algo ainda mais repugnante: concordar e aceitar. Perguntam vocês: 'É bom ajudar outro homem?' Não, se ele afirma que se trata de um direito dele ou de um dever moral seu; sim, se isso é o que vocês desejam, com base no prazer egoísta que lhes proporciona o valor da pessoa e a luta do outro. O sofrimento como tal não é valor; só a luta contra o sofrimento é. Se optarem por ajudar um homem que sofre, façam-no apenas com base nas virtudes dele, na sua luta para se salvar, na sua racionalidade, ou no fato de que o sofrimento é imerecido. Nesse caso, seu ato continua sendo uma forma de comércio, e a virtude dele é o pagamento da sua ajuda. Mas ajudar um homem desprovido de virtudes, ajudá-lo apenas porque ele está sofrendo, aceitar seus defeitos, sua necessidade, como algo que imputa a vocês uma obrigação, é aceitar que um zero hipoteque os seus valores. Ajudá-lo é sancionar seu mal e manter sua carreira de destruição."

Om Tat Sat!

domingo, 10 de junho de 2012

Yin - A Aceitação


O próprio ditado "Deus escreve certo por linhas tortas" já denota nossa incapacidade de aceitar como a vida se apresenta para nós. Se é Deus (com D maiúsculo) que está escrevendo, será que as linhas Dele são  mesmo tortas ou nosso olhar limitado que as tenta ver desta forma. Ou será o nosso olhar parcial e viciado de nós mesmos, que tenta ver na vida as linhas que desejaríamos (isso seria o nosso reto), mas que ao não poder negar os fatos quando estes ocorrem, os entorta para manter o nosso referencial reto?!?! Eu fico com a segunda hipótese.

Por que temos tanta dificuldade de simplesmente ACEITAR as coisas? Aceitar o jeito de nossos pais, aceitar suas preocupações e prazeres. Aceitar o jeito a forma de falar do nosso amigo ou de nosso chefe. Aceitar o cliente que desistiu da compra. Aceitar o funcionário que pediu demissão. Aceitar a namorada que voltou pro ex. Aceitar a partida dos nossos avós ou de um amigo próximo. Aceitar a derrota de seu time ou a vitória do rival.

Esse nossa dificuldade de aceitar vem da vontade inconsciente de querermos controlar tudo. Mas se pensarmos bem sobre isso, quando de fato temos o controle completo de alguma área de nossa vida, muitas vezes esta que deveria ser nossa maior fonte de satisfação, torna-se meio sem graça, sem desafios. Ou seja, ao controlarmos tudo, se tudo acontecesse como queríamos, não veríamos tanta graça assim.

O fato é que essa nossa suposta vontade de controlar tudo é apenas uma máscara para nossa inércia em mudarmos a nós mesmos. Nossa dificuldade de aceitar a realidade com amor decorre do fato que, se a aceitarmos realmente, teremos que achar a solução na outra ponta, que é em nós mesmos. Ao invés de tentarmos mudar a realidade ou negá-la teríamos que nos concentrar em nós mesmos e nos mudar. Teremos que aceitar as derrotas e trabalharmos nossa própria cabeça para lidar bem com os fatos que se apresentam. Teremos que analisar nossas ações que nos levaram a derrota, de forma realista, e identificarmos onde poderíamos ter sido melhor, onde poderíamos ter mudado o resultado.

Nos enganamos achando que ao colocar o problema no mundo exterior e não vendo nossa parte nisso tudo seremos mais felizes. No entanto esse é o caminho da infelicidade, pois sabemos que não controlamos o mundo exterior e ao achar que o problema está lá, não podemos resolvê-los. Podemos apenas lamentar. Mas ao aceitarmos os problemas como sendo nossos, só cabe a nós resolvê-los, que cabe a nós mudarmos para lidarmos cada vez melhor com esse tipo situação, vamos crescendo, evoluindo e no caminho para a felicidade. ACEITAR realmente o que a vida nos apresenta é buscar a real felicidade. E só quando aceitamos a vida com amor que a famosa frase de Einstein é compreendida: "Há duas formas para viver a sua vida: Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que tudo é um milagre.”

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Paradoxo da Certeza


(Escrito 05/04/12)

De onde vem a coragem de se saber certo, mesmo quando tudo e todos dizem o contrário?
De onde vem a vontade de mudar o mundo?
De onde vem a beleza pura e inigualável da sensação de dever cumprido?

Por que não ficar parado e seguir a massa?
Por que não apenas sobreviver? Por que não fazer como os outros?
Por que essa vontade louca de viver e não apenas passar pela vida?
De fazer a diferença com as próprias mãos e principalmente com o poder das próprias idéias e ideais?
Por que ter ideais e defendê-los em uma época de tamanha prostituição intelectual e de valores?
O que será que se ganha com isso? Qual é o custo e ganho do pensamento próprio convicto e embasado?

De onde vem tudo isso e o por quê disso tudo, eu não sei. Mas os que nasceram assim e cresceram assim sabem exatamente o que estou querendo dizer! Sabem o peso constante e os poucos momentos de glória que um utópico inverterado, que quer contribuir para mudar mundo com as próprias mãos e com as próprias idéias, vive. Sabe que sempre deve-se estar aberto a novas idéias, mas sempre avaliando muito bem tudo que é recebido, processando isso tudo e sempre transformando em algo original. Sutilmente diferente, mas sutilezas essas que fazem toda diferença e que movem o mundo que conhecemos para o novo.

O mundo anda pela coragem e audácia de pessoas assim, que acreditam que o amanhã pode ser diferente, que tudo que sempre foi de um jeito pode mudar e para melhor. Pessoas que acreditam na capacidade do ser humano em sua essência, na capacidade de pensar, analisar e criar. O mundo se move pela certeza de quem tem certeza de que nada é certo e definitivo e sim que cabe a cada um de nós questionar e criar um novo mundo.

A certeza que constrói é a certeza da capacidade de criar coisas novas. De que nada é certo.
A certeza que destrói é a percepção de que as coisas são como são e temos que nos contentar com isso.

Eu tenho certeza de que tudo pode mudar e de que vou participar ativamente desta mudança e você?!

(Reflexões após a entrega de um grande projeto original no trabalho enquanto leio o incrível livro "A Revolta de Atlas", recomendo a todos!!)

quarta-feira, 21 de março de 2012

Consciência, o Yin-Yang do Yin e do Yang


Quado há consciência, não há certo nem errado.
Não há o que está por cima ou por baixo.
Não há arrependimento.

A consciência é a nossa mais presente e poderosa aliada.
Ela é única que está sempre conosco. SEMPRE!
As pessoas vem e vão, os anos passam, as coisas mudam,
mas ela está sempre lá, por trás dos pensamentos, registrando tudo.

E é justamente nos momentos mais difíceis, que ela se torna mais parceira. Na verdade a consciência é a única capaz de tornar os momentos ruins, tristes e dolorosos em verdadeiras minas de ouro. Minas de aprendizado, de crescimento, de aprofundamento. E o mais incrível é que ela não só é uma fonte inesgotável desta capacidade de transoformar pó em ouro, como a cada vez que é acessada e utilizada, mais potente se torna. Cada vez mais ela age mais rápido e com maior facilidade. Cada vez mais ela consegue de forma mais simples e bela transformar nossos momentos mais profundos e difíceis em verdadeiras dádivas!! Essa é a melhor coisa que já inventaram! É a única que quanto mais se usa, mais se tem. Quanto mais se abusa, mais se ganha!!

Difícil é começar a usá-la. Muitos passam grande parte da vida (ou as vezes a vida inteira) fugindo dela. Não querendo processar os ocorridos, não querendo saber o que se passou consigo. Seguem adiante buscando sensações que compensem, seguem em frente buscando ocupações que distraiam. Fazem tudo e nem percebem. Fogem de si mesmos e vagam perdidos, sem nem saber que se perderam. E deixam a vida os levar...

Transformar pó em ouro, água em vinho, nunca foi impossível, sempre esteve dentro de nós e foi de graça. Mas desde pequenos nos ensinaram que a felicidade viria de fora, nos incentivaram a buscá-la no mundo. Nos disseram que a mina de ouro é externa e que talvez até pudesse ser comprada com dinheiro e que por isso deveríamos trabalhar tanto. Uma pena isso, pois buscando esta fonte incrível e inesgotável fora de nós, viveremos quantas vidas forem e continuaremos buscando essa fonte sem encontrá-la. E por não encontrá-la, ficaremos cada vez mais cegos para ela. É como o míope que procura desesperadamente por seus óculos, pois sem eles não consegue ver, procura na casa toda, no escritório, na rua e não percebe que o mesmo sempre esteve na sua cabeça. Ou seja, não é que seja difícil achar este "óculos mágico", que é a consciência, difícil mesmo é mudar o foco da busca. Deixar de buscar fora e passar a olhar pra dentro com sinceridade. Essa mudança de atitude que é o mais difícil. Pois o "óculos mágico" da consciência sempre esteve presente, sempre esteve pronto a ser usado, bastava decidirmos por isso!

Consciência é Yin-Yang do Yin e do Yang! É única que tem capacidade de tornar o Yin ou Yang, ou seja, os opostos da vida, em uma coisa só, que na verdade é o todo (Yin-Yang). É única capaz de trazer a completude. É única que realmente nos liberta e nos permite ser realmente feliz!

Bom despertar a todos!!

terça-feira, 6 de março de 2012

A Visão de Quem Não Vê!


A visão de qualquer pessoa se baseia nas diversas "lentes" que filtram os estímulos do mundo externo.
Ninguém enxerga igual ao outro.
Fisicamente, talvez possamos enxergar muito parecido.
Mas psicologicamente, cada pessoa vê um mundo completamente diferente.
A mesma situação, pode ter interpretações completamente distintas, com base nas "lentes" psicológicas de cada um.
Por isso muitas vezes o diálogo, que na origem da palavra pressupõe uma base parecida, fica difícil quando estas "lentes" são muito distintas.
Mas enquanto há diálogo, há uma tentativa de caminho compartilhado. Há uma busca por um entendimento comum. Independente da distância das "lentes".

Agora, difícil mesmo é quando as lentes que já se sabiam diferentes, param de dialogar. A partir daí, cada uma delas, tende a refoçar cada vez mais o seu próprio ponto de vista. Ou seja, perde-se a referência. E desta forma, o abismo só tende a crescer... A cada ato isolado, que ainda verse sobre o tema em questão, as interpretações afastam-se cada vez mais. E é assim, que os relacionamentos acabam. Quando não há mais diálogo! Quando os corações estão fechados em si próprios, em suas certezas ou dúvidas, e que não se abrem mais a ao menos tentar ouvir e ponderar o que outras "lentes" fazem os olhos verem.

Mas o duro mesmo, é quando numa relação há uma simulação ou enganação de diálogo. Quando um dos lados entra completamente aberto a revisar suas próprias "lentes", para aproximar a percepção de mundo de ambos e desta forma buscar o melhor para os dois. Quando um dos lados, busca construir um mundo a dois, um mundo onde as "lentes" são compartilhadas para que sempre, e cada vez mais, exista um diálogo crescente. E em troca o outro lado se fecha em suas "lentes" e finge dialogar. Ou talvez não seja fingimento, mas o outro lado mantém em segredo, ou busca ignorar suas questões profundas, que impactam em todas suas "lentes" e impede qualquer diálogo de peito aberto, qualquer diálogo que busque construir uma relação verdadeira. Na verdade este outro lado, não quer enxergar suas "lentes", não quer reconhecê-las. Finge que elas não existem e desta forma, finge que está dialogando, finge que está na relação, finge que está amando. Mas pior ainda é quando este fingimento todo não é consciente. Pois o outro lado tem um bloqueio que o impede de ver suas próprias "lentes" e assim o impede de se relacionar de verdade, o impede de se aproximar e acaba o impedindo de amar... E realmente duro, é quando o lado totalmente aberto e exposto, percebe este bloqueio, trabalha com afinco, mesmo que sofrendo por isso, para ajudar o outro a enxergar tal bloqueio. E que quando finalmente isso é percebido pelo outro lado, este decide se afastar, acabar com qulquer diálogo, para que sozinho, tente finalmente reconhecer suas "lentes".

Essa a visão de quem não vê!! Que gera a dor em que sempre viu e ajudou o outro a se conhecer... Mas o que conforta nisso tudo, é que Alguém ou Algo em outra dimensão a tudo vê!! E desta forma, espero que o meu cálice, após tantas vezes me sacrificar pela visão dos outros, esteja guardado e sacralizado! E quando este finalmente me aparecer, será como céu na terra!! A felicidade plena de uma vida a dois verdadeira e com "lentes" completamente compartilhada!!

As Sutilezas do Equilíbrio

O que seria melhor: Uma felicidade aliendada ou uma fossa conectada?
Será que há uma escolha aqui? Um julgamento de valor? Ou um será que um vem necessariamente como consequência do outro?

Felicidade alienada é quando só se vive momento. É quando se ignora o contexto e apenas se aproveita cada segundo, cada gesto, cada palavra e cada cheiro do momento. Mas sempre ignorando os aprendizados e consequencia dos atos. Por isso uma felicidade alienada, caso contrário, viver cada momento de forma consciente, aprendendo, criando seria a tal felicidade advinda da sabedoria. Seria o que todos nós buscamos. Interessante e importante perceber esta sutil diferença...

Fossa conectada é quando se está no presente de fato. No centro! Olhando e analisando tudo com o intuito de crescer e evoluir. Busca-se entender os motivos, causas e consequências dos atos. Mas a dor da fossa está presente, no entanto, uma vez conectada, esta dor tem uma beleza siblime, por transformar seu ser! Se não houvesse a dor, se fosse só conexão, novamente seria a tal felicidade advinda da sabedoria. Novamente com uma diferença sutil e importante...

Será que existiria o caminho meio? Uma felicidade conectada? Que ora está presente no físico do momento e ora está presente na reflexão dos atos? Será que o qualquer caminho meio é a solução?! Ou seria o equilíbrio as sucessivas alternâncias de um estado e de outro?

Talvez o equilibrio relativo, para nós mortais que ainda não nos iluminamos seja esse o caminho. Mas assim como amor aboluto, O Equilíbrio é estar além disso tudo e sempre ser feliz e aprender!!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Dor Madura

E finalizando a publicação destes textos guardados, segue o mais recente. Escrito em 11/02/2012:

"Escrever sem pensar,
pensar sem escrever.
Ver, ouvir, sentir, cheirar, beijar e
não se sentir amado...

Dor madura é aquela que enxerga a beleza da dor.
É aquela que já sabia que doería.
Sabia,
e talvez até queria....
Queria e via,
queria e sabia.

Que assim seja.

Que a beleza não se perca
na mediocridade do mais ou menos.
Que a escolha seja sempre por ser feliz!!
Feliz de verdade!!
Mesmo que para isso seja preciso se entregar em vão...

Dor... Madura..." 

Amigos!

Em 18/08/2011:


 "Tenho amigos, logo existo!
Toamar que todos tenham a mesma sorte que eu. Que todos possam contar com alguns amigos, sim algunsss amigos de verdade! Amigos para contar, rir, chorar, ajudar, ser ajudado, aconselhar ou ser aconselhado. Ou mesmo que seja só pra tomar uma boa cerveja e lembrar das muitas histórias compartilhadas.

Amigo é isso!!

Não tem que ter motivo, não tem que ter por quê? O tempo juntos, ao mesmo tempo que passa rápido, fica marcado para sempre. Vira história (ou estória) pra contar!! E viagem de amigo?? É tanto e nada além de ser uma das coisas das quais contaremos a nossos netos!

E como isso aqui é papo de amigo, não precisa nem finalizar..."

Reflexões Pós "Felicidade"

Este texto se baseia em reflexões que fiz, logo após ler o excelente livro do Eduardo Gianetti, cujo título é "Felicidade". Recomendo a todos que gostam de uma boa leitura filosófica, baseada em dados. Incrível o livro!!

Escrito em 14/04/2011:

"Eu, sempre racional e planejado, me deparo com a seguinte constatação: "Sem se passar do ponto, nunca saberíamos de qual era o ponto!" Simplesmente genial!! Simples e genial!

Andei pendendo para o outro lado, "esquecendo" a racionalidade e me entregando totalmente aos sentimentos. Uma espécie de auto-experimento. Muito sofri e muito aprendi!

Mas recentemente, por novamente perceber que estava me jogando de cabeça em algo ilógico, cuja base era apenas o sentimento e que justamente este, era negado por outrem que se diz muito emocional e nada racional... Me vi no paradigma dos círculos do yin-yang (o pequeno círculo branco envolto na metade negra e o pequeno círculo negro envolto na parte branca). Como reação, busquei voltar para o outro polo, onde sempre estive confortável: a racionalidade. Mas desta vez, não me confortou... As explicações lógicas que elaborei para mim mesmo, não me bastaram. E pior, se mostraram rídiculas quando expostas a pessoa que era justamente objeto da entrega e da fuga.

Hoje sei que passei do ponto, e passei nos dois extremos. Hoje entendi que ao fazê-lo, posso agora dizer que conheço o(s) ponto(s). O que em nada me garante que não os ultrapassarei novamente... Mas que sim, me garante que se o fizer, será por livre escolha. Seja ela deliberada, velada ou inconsciente!

E disso saio reforçado e reforço verdades que sempre repeti e que agora as compreendo em outro nível de profundidade:
"Viver é a melhor escola."
"Só o viver modifica o vivido."
"Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena"
"O sábio não tem idéia", e agora sou livre para optar!
"A felicidade não está numa estação de chegada, mas sim nas curvas do caminho." E que se este caminho não alternar os opostos, ninguém será capaz de dizer que é realmente feliz! Ou que conhece a felicidade em sua plenitude!!!"

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

As Condições da Sinceridade

Em 11/04/11:

"Existiriam pré-condições para a sinceridade total no amor?
No AMOR creio que não...
Mas na paixão, por mais estranho que me pareça,
venho concluindo que sim.

Não quero isso!
Não queria pensar nisso...
Sei a luta que foi para deixar o yang relaxar,
e o yin brotar em sua pureza!

Qual seria a lição agora?
Haveria alguma lição?
Ou tudo não passa de reflexões de uma paixão??"

Paixão, Entrega e Vedanta

Em 11/04/2011:

"Agir sem esperar (depender de) um resultado,
assim aprendi e entendi.
Mas esse tipo de ação da qual lecionam é a ação dharmica,
aquilo que deve ser feito, que é adequado.

Qual será a diferença fo que deve e do que é feito pelo outro?
E se não for dharmico e houver uma expectativa?
Usar a ação para gerar um resultado? Para provocar mudanças no outro?
Ou apenas entregar tudo a Isvara?
Na verdade, está tudo sempre entregue!
Que assim seja..."

Boipeba

Pra não ficar só texto também, vou colocar algumas fotos... Ah Boipeba!!!! Fui lá este reveillon! Paraíso!!











Do Outro Lado do Espelho

Em 11/04/2011:

"Voltar a Si,
Ah como é bom!
Estar no centro novamente,
local de onde se vê tudo e todos.
De onde se vê, mas não se toca...
Ou talvez seja eu que quando volto,
até hoje não toco (ou não tocava?).

Sensação curiosa essa,
sair do centro por uma paixão,
ficar a flor da pele novamente...

E justamente quando este feito,
que antes parecia impossível acontece.
Quando a falta de razão tão desejada de outrora por outrem vem,
é rechaçada e demerecida,
quase desincentivada.
A entrega recebida com desconfiança!

E no centro novamente,
a razão bate a porta...
Entre! Mas que seja diferente!"

Insensato Coração

Em 06/04/2011:

"As vezes me pego em devaneios
Talvez seja eu
Tomara que seja só meu.

E mesmo pensando assim,
sei que o reflexo é só em mim.

Talvez queira demais,
ou espere demais.
Talvez eu seja chato,
ou insensato.

Ou será paixão,
que vem sempre desprovida de razão.
Ou será apenas a pureza da dúvida,
de um entregue coração,
que pensa demais,
sonha demais,
entregue demais..."

A Falta das Palavras

Em 15/03/2011:

"Faltam palavras,
sobram sentimentos.
Faltam promessas,
sobram olhares de cumplicidade.

A sinceridade é tamanha,
que as verdades nem precisariam ser ditas,
mas mesmo assim, são repetidas infindavelmente.

E as mentiras?
Essas não conseguem aparecer no horizonte.
Pois o combinado não é caro nem barato,
ainda mais quando o que se aponta para frente,
tem toda cara de ser pra sempre!"

Escrever por quê?

Em 05/02/11:

"Escrever o quê?
Para quê?
Se o melhor que há nessa vida,
não pode ser dito,
muito menos escrito!
E principalmente,
por que não dizemos as coisas mais importantes que sentimos ou queremos de alguém?!"

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Felicidade Simples


Frase do livro Felicidade de Eduardo Gianetti numa passagem que relata como os africanos, com todos os problemas objetivos que tem, "exalam" mais felicidade:

"tristezas sem pesar,
lágrimas sem amargor,
silêncio sem concentração,
alegrias sem causa; e
felicidade sem dia seguinte"

Do Nada


Escrito por mim em 16/02/11 em Brasília, para Tati:

"Tudo vem do nada,
pois o nada é todo possibilidade,
é pura potência.

Mas não é tudo que quero,
não preciso de tudo.
Quero só aquilo que me basta,
quero só aquilo que me aquece
e que me faz voltar a sentir como adolescente.
Me faz olhar o celular o tempo todo,
a espera de uma simples mensagem,
uma palavra só ou até mesmo apenas algumas letras (bjs).
Hoje quero só você!

De um encontro do nada,
onde, além da sua simples presença,
nada especial aconteceu,
nossos caminhos se cruzaram.
E insistiram em manter-se cruzados,
por pegadinhas do destino,
até que numa feliz contradição,
atentamos um para o outro.

E do nada tudo aconteceu!"

Como a Vida Deve Ser

Escrito por mim em 17/02/2011:


"Sem pensar,
sem tratar,
sem cuidar das palavras.
Espontâneo,instantâneo, insesato.
Inexato, ou exatamente como deveria ser.
Assim é e espero que assim continue.
Sem hora e dia pra acabar.
Sem remorso e sem culpa.
Leve, fluido, natural.
Assim como a vida deve ser!"


Vedanta e Relações

Anotações durante as aulas do Swami Paramarthanandaji em 30/10/2008:


"Nunca olhe uma relação como fonte de felicidade. Sempre olhe uma relação como meio de crescimento interno (ou espiritual para alguns).

A felicidade de uma pessoa depende de um infinidade de fatores que são imprevisíveis. Logo, numa relação essa impredictabilidade será ao quadrado, pois dependerá de fatores imprevisíveis vindos de ambos os lados. E assim sua felicidade se torna a coisa mais frágil do mundo. Desta forma você nunca terá uma relação estável, pois sempre haverá um fator que estará abalando essa relação.

Então como uma relação pode contribuir para o crescimento interno? O nosso problema essencial é a nossa sensação de solidão (que é fruto de nossa percepção de ser limitado) e a única solução para este problema é o auto-conhecimento. Mas para poder buscar este conhecimento é necessário um certa calma, paz. E nisso uma relação estável pode ajudar bastante. A relação serve como essa ajuda para se ter a paz intermediária que lhe permite buscar esse conhecimento. Pois sem nenhuma relação estável, ninguém consegue ter uma estrutura pscicológica estável.

Além disso, nós nascemos para exaurir nossos Punyas e Papas. E alguns punyas e papas só podem ser exauridos com alguns tipos de relações. E encarando as relações desta forma, você está seguindo de acordo com a Lei do Karma e consequentemente você está alinhado com o Dharma.

Um terceiro benefício das relações é desenvolver Titksa (tolerância). Pois faz parte das qualidades do Adikari Sama e Dama e para elas Titksa é essencial. E mesmo o Jivanmuktah precisa de Titksa para aceitar seu Prarahbda Karma e exaurí-lo. E na velhice Titksa é essencial, pois é a única coisa que pode fazê-lo administrar bem sua velhice (pois seu livre-arbítrio vai aos poucos e gradualmente diminuindo). Além disso um dos métodos usados por Bhagavan para aprendermos é o sofrimento. E sem Titksa ninguém aprende com o sofrimento, pois sem Titksa o sofrimento só perturba a mente. E uma mente perturbada não pode aprender nada.

Em por último e mais importante, para se tornar um contribuidor para a sociedade (e isso faz aprte do crescimento espiritual) as relações são essenciais. Pois para contribuir de fato, é necessário um grupo de pessoas e você vai precisar se relacionar com todas elas. Segundo as escrituras 3 fatores são básicos (que são no mínimo 3 seres humanos com relações saudáveis que juntos criam um time) e 2 mais podem ser necessários para fazer qualquer trabalho nobre (Mani e devoção)

Uma vez que na cultura védica o casamento tem como objetivo o crescimento, não há Lua de Mel. Pois, uma vez casados a caminhada rumo ao crescimento já começa e não há tempo para se iludir. Já no ocidente, onde o casamento tem como objetivo a felicidade, é natural que se comece pela Lua de Mel. Porém, não há como ficar fora do mundo (ficar na lua) o tempo todo e naturalmente o casal voltará a terra e os problemas começarão, pois eles estão um buscando a felicidade no outro."

(Swami Paramarthanandaji)

A relatividade do tempo (Luz e Vedanta)


O tempo passa mais devagar quanto mais próximo da velocidade da luz, pois a percepção do tempo é relativa às alterações que você experiêncía.

Tudo é Brahman, tudo tem base na consciência. E consciência é luz. Isso é o absoluto.

Na física só a luz pode andar na velocidade da luz. Mas uma vez que eu sou a consciência e que a consciência é luz, eu, enquanto consciência (Atma) posso estar na velocidade da luz. E estando na velocidade da luz, você se torna o todo. Como Einstein pensou aos seus 16 anos (e que depois foi comprovado), em termos físicos, a única percepção quando se está na velocidade da luz é de um campo eletromagnético uniforme. Ou seja, não há alterações, não há percepção de mudança. Logo não há tempo. Isso é o eterno. Isso é o que eu sou. Tudo sou eu e eu sou tudo, uma vez que sou luz.

(Gabriel Renault Magalhães meditando na praia de Kuta – Bali em 27/08/08)

Dois Tempos (Alan Lightman)


Esse é uma tradução/interpretação de uma passagem do livro Einstein's Dreams:

"Neste mundo, existem dois tempos. O tempo mecânico e o tempo do corpo. O primeiro é rígido e metálico como um pêndulo de aço que balança para frente e para trás, para frente e para trás, para frente e para trás. O segundo estica e contorce-se como um peixe nadando no mar. O primeiro é fixo e predeterminado.O segundo decide o que fazer enquanto anda.

Muitos têm certeza de que o tempo mecânico não existe. Quando passam pelo grande relógio da praça, não o vêem; tampouco ouvem suas badaladas. Eles usam relógios em seus pulsos apenas como ornamentos ou por educação à quem lhe deu como presente. Eles não têm relógios em suas casas. Eles apenas ouvem as batidas de seus corações. Eles sentem o ritmo de seus desejos e necessidades. Essas pessoas comem quando tem fome, vão para seu trabalho apenas quando acordam de seu sono, fazem amor a qualquer hora do dia. Pessoas assim riem do pensamento preso ao tempo mecânico. Eles sabem que o tempo se move em ajustes e inícios. Eles sabem quanto o tempo pesa em suas costas quando estão correndo para hospital levando seu filho machucado, o tempo não passa. E eles também sabem que o tempo passa num piscar de olhos quando estão se divertindo com seus amigos ou quando estão estirados nos braços de um amante secreto.

No entanto, há aqueles que crêem que seus corpos não existem. Eles vivem presos ao tempo mecânico. Eles acordam as sete em ponto, almoçam ao meio-dia e jantam as oito. Chegam em seus compromissos pontualmente. Fazem amor entre nove e onze da noite. Trabalham exatas quarenta horas por semana, lêem o jornal de domingo no domingo e jogam seu baralho toda terça à noite. Quando suas barrigas roncam de fome, eles olham para o relógio para ver se já é hora de comer. Quando estão em um concerto chato, olham para o relógio para ver quanto tempo falta para poder sair. Eles sabem que o corpo não é fruto de nenhum milagre da natureza, mas sim, uma coleção de reações químicas, tecidos e impulsos nervosos. Pensamentos não são nada além de estímulos elétricos de seus cérebros. Desejo sexual não é nada além de hormônios chegando a algumas terminações nervosas. Tristeza nada mais do que um ácido no cerebelo. Em suma, o corpo é uma máquina, sujeita às mesmas leis da eletricidade e da mecânica como um elétron ou um relógio. Como tal,o corpo deve ser tratado conforme a física. Se o corpo fala, ele está apenas expressando um conjunto de alavancas e forças interagindo entre si. O corpo é algo a ser requisitado e não obedecido.

Em uma noite qualquer, alguém percebe a evidência destes dois mundos em um só. Um barqueiro no rio sabe sua posição no escuro ao contar os segundos enquanto desliza pelas águas do rio. ”Um, três metros. Dois, seis metros.Três, nove metros.” Sua voz corta a escuridão de forma clara e certeira. A baixo de um poste, de uma das pontes que cruzam o rio, dois irmãos que não se viam a anos estão a tomar cervejas, conversar e rir. Neste mesmo momento, o grande relógio da praça badala por sete vezes. Em segundos, as luzes dos apartamentos ao redor se acendem, numa resposta mecanicamente perfeita. Deitados numa pequena cama, dois amantes acordam lentamente, devido às badaladas do relógio, surpresos que já é noite.

Onde estes dois tempos se encontram, desespero. Onde estes dois tempos seguem seus caminhos separados, contentamento. Com sorte, um advogado, uma enfermeira ou um cozinheiro conseguem fazer seu mundo em um ou outro tempo, mas não nos dois ao mesmo tempo. Cada tempo é real, mas essas realidades não são as mesmas."

(Alan Lightman – Einstein´s Dreams)

Gestão do Conhecimento, Taoísmo e Humanismo

Este é meu mesmo de 24/06/2004...


"É comum ao pensamento ocidental, desde o dualismo espírito/matéria de René Descartes, tentar separar e definir logicamente tudo que nos cerca. A famosa frase cartesiana, Cogito ergo sum (´Penso logo existo´), tem levado o homem ocidental a igualar sua identidade apenas à sua mente, em vez de igualá-lo a todo seu organismo.

“A mente foi separada do corpo, recebendo a inútil tarefa de controlá-lo, causando assim um conflito aparente entre a vontade consciente e os instintos involuntários. Posteriormente, cada indivíduo foi dividido num grande número de compartimentos isolados de acordo com as atividades que exerce, seu talento, seus sentimentos, suas crenças, etc., todos estes engajados em conflitos intermináveis, geradores de constante confusão meta-física e frustração.
Essa fragmentação espelha nossa visão do mundo “exterior”, que é encarado como sendo constituído de uma imensa quantidade de objetos e fatos isolados. O ambiente natural é tratado como se consistisse em partes separadas a serem exploradas por diferentes grupos de interesses. Essa é ainda mais ampliada quando se chega à sociedade, dividida em nações, raças, grupos religiosos e políticos. A crença de que todos esses fragmentos – em nós mesmos, em nosso ambiente e sociedade – são efetivamente isolados pode ser encarada como a razão essencial para a atual série de crises sociais, ecológicas e culturais. Essa crença tem nos alienado da natureza e dos demais seres humanos, gerando uma distribuição absurdamente injusta de recursos naturais e dando origem ‘a desordem econômica e política, a onda crescente de violência e a um meio ambiente feio e poluído, no qual não raro a vida se torna física e mentalmente insalubre.” ( O Tao da Física – Fritjof Kapra)

Ao separamos e definirmos qualquer coisa, estamos ao mesmo tempo excluindo todo o resto que ou faz parte ou está relacionado a ela. Certa vez, aqui mesmo na CK, lembro de ter lido que conhecimento é a única coisa que não segue a Lei da Física de que a entropia (estado de desordem, numa extrema simplificação) do Universo só aumenta. Quanto mais informação processamos (acreditando ser verdade) mais a nossa percepção do mundo se “fecha”, ou seja passamos cada vez mais a crer que sabemos as causas e conseqüências do que está a nossa volta. Quanto mais informações recebemos e aceitamos, criamos a sensação de há menos desordem  em nossas cabeças. Imaginem o que seria para Newton ler a Teoria da Relatividade ... Acharia que isso é coisa de um louco, que nem a 5ª série conseguiu fazer direito (Einstein). Minha a intenção não é, de forma de alguma, criticar o trabalho tão interessante que vem sendo coordenado pelo senhor Calil, mas sim atentar ao fato que mesmo que cheguemos a uma definição completa e genial de Gestão do Conhecimento, não nos restrinjamos a ela e a nenhuma outra definição relacionada a este tema. Que este trabalho sirva de exercício para ampliarmos nossa percepção sistêmica da Gestão do Conhecimento (como foi para mim ao ler o texto Attention Shoppers) e não para restringirmo-la. Ao contrário, busquemos o Tao do Conhecimento!!!!

“Cestas de pescaria são utilizadas para pescar; quando o peixe é pego, os homens esquecem as cestas; as armadilhas são utilizadas para caçar lebres; uma vez que estas são pegas, os homens esquecem as armadilhas. As palavras são utilizadas para expressar idéias; mas quando se apoderam das idéias, os homens esquecem as palavras.” (Chaung Tsé – sábio taoísta)

Fiquemos com as idéias!!!!!!"

Amor e Separação (Veríssimo)


Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu
coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá,
manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, esteja aberto
a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa te
deixar, então nada irá lhe restar. Aproveite ao máximo seus momentos de
felicidade, quando menos esperamos iniciam-se períodos difíceis em nossas
vidas. Tenha sempre em mente que as vezes tentar salvar um relacionamento,
manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não
for recíproco, pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu
sofrimento será ainda mais intenso, do que teria sido no passado. Pode ser
difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário, existe
uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorre-lo. Não
procure querer conhecer seu futuro antes da hora, nem exagere em seu
sofrimento, esperar é dar uma chance à vida para que ela coloque a pessoa
certa em seu caminho. A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna.
A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para
ficar e não esteja apenas de passagem, como acontece com muitas pessoas que
cruzam nosso caminho.".
(Luiz Fernando Veríssimo)

Sobre o Grito (Gandhi)


Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
"Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.
"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?"
Questionou novamente o pensador.
"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça"
retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar: "Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"

Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu: "Vocês sabem porque se grita com uma pessoa
quando se está aborrecido?
O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus
corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para; poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais
forte; terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?
Elas não gritam. Falam suavemente, por quê?

Porque seus corações estão muito perto.
A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se
olham, e basta. Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

" Por fim, o pensador conclui, dizendo:
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem
não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a
distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".

(Mahatma Gandhi)

Tempo Certo (Paulo Coelho)

Vou colocar aqui alguns textos curtos que fui lendo ao longo dos anos e que foram importantes para mim, apenas para compartilhar:

"De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta
querer apressar as coisas. Tudo vem ao seu tempo,
dentro do prazo que lhe foi previsto.Mas a natureza
humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo!Aí
acontecem os atropelos do destino, aquela situação que
você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar
o tempo certo. Mas alguém poderia dizer:
- Mas qual é esse tempo certo?
Bom, basta observar os sinais. Geralmente quando
alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua
vida, pequenas manifestações do cotidiano, enviarão
sinais indicando o caminho certo. Pode ser a palavra
de um amigo, um texto lido, uma observação
qualquer.Mas com certeza, o sincronismo se encarregará
de colocar você no lugar certo, na hora certa, no
momento certo, diante da situação ou da pessoa certa!
Basta você acreditar que nada acontece por acaso!E
talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas
linhas...Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses
sinais já estão por perto, e você nem os notou ainda.
Lembre-se que o universo, sempre conspira a seu favor,
quando você possui um objetivo claro e uma
disponibilidade de crescimento.

"O caminho é o que importa, não o seu fim. Se você
viajar depressa demais, vai perder aquilo que o fez
viajar". "

Ana

Escrito 24/10/2006


A vida vezes surpreende
De inesperada forma, surgiu
Vira, tira e suavemente finda
Siga “O Caminho”
Siga seu destino
Aprendizado não deixe
Revolver o passado
De amar e ser
Amor, hoje, você
Alguém, sempre, amor
Sem vida, aquele sem busca
Sem felicidade aquele que busca
Ser feliz ou viver?
Melhor Ser
Feliz vivendo
Mudando
Voltando
Moleque
Envelhecendo

Botando pra fora

Desde que voltei DA viagem, e mesmo antes, escrevia alguns textos, mas mantinha eles só pra mim. Mas agora resolvi colocá-los aqui, seguindo a linha recente de colocar alguma reflexões em relação a minha vida. São textos diversos e pessoais. Espero que gostem...

Vou tentar seguir uma ordem cronológica, partindo dos mais antigos para os mais novos.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Opostos da Despedida



O que fazer quando espírito e intelecto se desencontram?
Quando o corpo, não em seu sentido animalesco e sim como a expressão mais pura da alma,
se expressa em sua total sinceridade,
com uma inocência quase infantil do mais adulto dos atos,
da forma bela que só a intimidade e o amor sincero podem criar.

Durante a despedida consentida,
fruto de uma conversa sincera e carinhosa,
onde o amor é o alicerce das decisões,
mas que de tamanha sinceridade,
os intelectos decidem se distanciar, para melhor pensar,
enquantos os corpos, como sinceros espelhos da alma,
entregam-se num ato, que contrariando qualquer lógica, e que apesar do prazer indescrítivel,
traz as lágrimas da mais sincera felicidade e entrega.

Ah se todas as despedidas fossem assim...

E num mundo que é feito de opostos,
este é um que só aprendi agora: a proximidade infinita de uma despedida!